Com a forte e recente desvalorização do real, cada vez mais brasileiros enxergaram a possibilidade de investir no exterior como uma forma de dolarizar parte do patrimônio e se proteger desse cenário. Nesse post você ver se investir no exterior vale a pena e entender as principais vantagens e desvantagens ao investir diretamente nos Estados Unidos.
Existem duas maneiras principais de se investir no exterior morando no Brasil: na bolsa brasileira é possível adquirir BDR’s (Brazilian Depositary Receipts) de algumas empresas como Apple, Facebook, Google. No entanto, esse método é um pouco mais restrito do que a segunda forma, que é investindo diretamente na bolsa norte-americana através de corretoras estrangeiras.
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Vantagens de investir no exterior
1. Acesso às maiores empresas do mundo
A primeira grande vantagem de investir na bolsa americana é ter acesso direto ao maior mercado financeiro do mundo e às maiores e mais lucrativas companhias de cada setor.
As principais marcas como Apple, Google, Facebook, Mc Donalds, Burger King, Netflix, Disney, e várias outras gigantes, que poderia citar aqui ao longo do post inteiro. Investir diretamente nos EUA permite que você seja acionista dessas companhias e receba dividendos com base nos lucros de cada uma.
Outra vantagem é que já se tornou bastante acessível o investimento nos Estados Unidos para brasileiros. É possível investir com pouco dinheiro, a partir de depósitos de R$ 100,00 você já consegue.
2. Acesso a produtos exclusivos (ETFs e REITs)
Ao investir direto nos Estados Unidos, além das ações (Stocks) das maiores companhias do mundo, o investidor brasileiro passa a ter acesso aos ETF’s e REIT’s.
ETF – Exchange Traded Fund
ETF é a sigla para Exchange Traded Fund, que nada mais são do que fundos de investimento passivo, com taxas de administração muito baixas. A gestão passiva permite que o investidor adquira participação em várias empresas de uma vez só, através de um fundo indexado aos principais índices de mercado dos EUA.
Por exemplo, ao investir na ETF QQQ, o investidor consegue ter acesso às principais ações de tecnologia listadas na NASDAQ. Já para investir nas empresas do índice S&P500, considerado um dos principais índices de mercado dos EUA, o investidor pode recorrer aos ETFs VOO ou SPY, por exemplo.
Veja também: O que são ETFs? Conheça o modo mais fácil de investir no exterior.
REITs – Real Estate Investment Trust
Já os REITs são os fundos de investimentos imobiliários que temos aqui no Brasil. No caso, a sigla significa Real Estate Investment Trust, e o mercado norte-americano oferece uma vasta opção de REITs para brasileiros investirem.
3. Proteção contra a desvalorização do real
Para buscar uma resposta se investir no exterior vale a pena, a principal vantagem que precisa ser levada em consideração é a possibilidade de se proteger contra a desvalorização do real.
Ao investir em Stocks, REITs ou ETFs, a cotação dos ativos é baseada em dólar, assim como a distribuição de dividendos dessas classes de ativos. Diferente, por exemplo, de quando você investe através de BDR’s, onde a cotação e distribuição de dividendos é feita em reais.
4. Regra de Ganho de Capital
A regra de ganho de capital é diferente para quem busca investir direto no exterior. Enquanto no Brasil você paga imposto de renda ao realizar vendas acima de R$ 20.000,00 no mês, ao investir no exterior esse limite mínimo passa a ser de R$ 35.000,00 no mês.
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Desvantagens ao investir no exterior
1. Precisa recorrer a uma corretora americana
Apesar das vantagens, investir nos Estados Unidos também tem seu lado negativo. A primeira desvantagem é que você precisa recorrer a uma corretora americana para ter acesso ao mercado dos EUA.
Por conta da crescente demanda de brasileiros por esse tipo de serviço, já existem corretoras americanas que possuem plataforma e atendimento em português, buscando atender melhor o público do nosso país.
A Avenue e a Passfolio são as principais corretoras, atualmente, para brasileiros que desejam investir no exterior.
Veja também: Passfolio é segura para investir no Exterior?; Avenue é segura para investir no exterior?
2. Câmbio
Ao investir direto nos EUA, você sempre estará investindo em dólares. Para isso, nos depósitos na corretora dos Estados Unidos, você vai precisar transformar seu dinheiro de Reais para Dólares.
Existem duas formas de fazer isso – a primeira é através da própria corretora, já que tanto a Passfolio quanto a Avenue permitem que os investidores façam o depósito em Reais e a conversão das moedas dentro da própria plataforma. A desvantagem é que o spread do câmbio não é dos mais baratos – 2% na Avenue e cerca de 1.2% na Passfolio.
A segunda maneira de fazer a remessa em dólares para a corretora no exterior é através de uma instituição financeira brasileira que atue no mercado de câmbio, como bancos de câmbio, corretoras de câmbio ou fintechs de câmbio.
Para realizar uma cotação de remessa internacional para depositar em dólares nas corretoras no exterior, basta entrar em contato e terá acesso às melhores cotações de envio e recebimento.
3. Imposto de renda mais complicado
Apesar da flexibilidade maior na tributação sobre ganho de capital, o imposto de renda do brasileiro é mais complexo ao investir direto nos Estados Unidos.
Além de realizar as declarações de bens e direitos, fazer o recolhimento dos ganhos de capital, o investidor brasileiro precisa também se preocupar em declarar os dividendos recebidos de empresas estrangeiras mensalmente através do sistema do carnê-leão, da Receita Federal.
Ao contrário dos dividendos recebidos por empresas aqui na bolsa brasileira, os dividendos recebidos de empresas estrangeiras não são isentos de imposto de renda. A partir de R$ 1.903,00 por mês de dividendos, já existe uma incidência de IR sobre os dividendos recebidos.
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